o meirinho do assentista

notas sobre genealogia online

10 de maio de 2007

80 milhões desde D. Afonso Henriques

"Um investigador de genealogia chegou à conclusão que até aos dias de hoje terão existido cerca de 80 milhões de pessoas de nacionalidade portuguesa.

Um dado ainda mais “esmagador”, tem a ver com o facto de todos nós, que temos a nacionalidade portuguesa, possuirmos cerca de dois biliões de antepassados, só até há fundação da nacionalidade, ou seja, há 25 gerações atrás. No fundo, somos praticamente todos primos, visto que, de uma forma ou de outra, descendemos dos cerca de um milhão de portugueses que existiam quando foi fundado o nosso país. Aliás, outros estudiosos a nível mundial vão mesmo mais longe e asseguram que praticamente toda a população da Terra seja prima num grau inferior ao 50º.

Estes são apenas alguns números calculados pelo genealogista Gaivão Tavares, residente em Lagares da Beira, concelho de Oliveira do Hospital. O investigador passou os últimos dez anos a estudar a ascendência e descendência de diversas pessoas e famílias portuguesas.
Criou a “Matriz Genealógica das Famílias de Portugal”, um projecto baseado num programa informático que gera relatórios genealógicos. Estes relatórios, podem ser de ascendência ou descendência, em texto, em forma de gráficos, ou mistos. Estão organizados em gerações ou em linhagens, ou em costados com numeração Stradonitz (método de numeração usado em genealogias ascendentes)."

tirado de: http://www.asbeiras.pt/?area=coimbra&numero=42701

2 Comentários:

Blogger Pedro Girão disse...

Olá Tiago,
Venho desde há muito defendendo que este tipo de argumentos matemáticos são absolutamente teóricos e desmentidos pela realidade. De facto, só premissas tão falsas como "2 biliões de antepassados" e "80 milhões de descendentes" podem levar a conclusões tão absurdas como "somos todos descendentes de de D. Afonso Henriques" ou "somos todos primos" ou "todos os homens são parentes até ao 50º grau". Ora as premissas são falsas porque ignoram completamente vários factores reais, dos quais o mais óbvio é o factor geográfico: as pessoas tendem a casar na sua aldeia, no seu concelho, na sua região. Ignorar este facto equivale a fazer o raciocínio (teórico, matemático, exacto, mas ridículo) de que é igualmente provável que os seus filhos venham a casar com tailandeses, com bosquímanos, com esquimós, com nova-iorquinos, ou com portuenses (entre outros!). As pessoas não são números, nem probabilidades, e factores culturais não se medem com equações, funções e integrais. Um abraço, e parabéns pelo blog! Pedro Girão

13 de maio de 2007 às 02:02  
Blogger tfp disse...

Pedro,

Em primeiro lugar, agradeço a "visita".

Sobre o assunto da noticia, a faceta matemática nem foi a parte que achei mais relevante, gostei especialmente de ler que há pessoas a fazer genealogia com método, apoiadas por alguma "maquinaria" neste caso a informática, e essa metodologia própria deveria ser divulgada.

Confesso-me realmente curioso sobre o teor desta "Matriz Genealógica".

Voltando às matemáticas, esta vertente da genealogia é uma autêntica fábrica de títulos de imprensa, concordo plenamente com o seu comentário.

Abraço

Tiago

13 de maio de 2007 às 11:16  

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